quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"Moça Suave dos Olhos Doces"

Na solidão daqueles que se apagam
E passam pelo mundo incognoscíveis,
Talvez houvesses visto, desprezíveis,
Os belos que os mais belos invejaram.

Não sei dos sonhos teus, imperecíveis,
Tampouco dos chacais que tos calaram,
Bastarda algaravia em que se inflaram
Tão cegos aos sentidos invisíveis...

No entanto, Moça, eu sei o que acalentas!
Doçura em olhos fala mais que verbos
E, vida adiante, eu sei por que persistes...

Pois, dia hão de ter fim tuas tormentas
E os frutos todos que colheste acerbos...
Oh, Moça! Olha p'ros meus olhos tristes!...

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