domingo, 18 de julho de 2010

"Soneto escrito às pressas sob a tempestade"

A um demônio.


Vinde, infeliz, a olhar os campos santos

Em que estorcego agora de loucura.

Ride e cantai ao pé da sepultura

Das dores e dos ossos – e são tantos!


Dançai com frenesi e sem usura

A sanha que vos trouxe e a outros tantos

- Tormento dos propósitos mais santos

Com que fingi ornar-me a catadura!


Vinde e vinde, com fúria e sem descanso!

Perpetuai o ódio que engalana

Minh’alma inconsolável e perdida!


Se atravessei as vagas sem remanso,

Trazei um fim para a miséria humana:

Interrompei, de um corte, a minha vida!

domingo, 11 de julho de 2010

Dor

          Hoje dói muito. Elevo minhas miseráveis forças à Vida em forma de gratidão e carinho, pensando em todos os momentos que compartilhamos na estrada.
          Fique bem! (09/07/2010 - 10/07/2010).