segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Apresentação / Introdução

O nome deste Blog surgiu há aproximadamente dez anos e nem era para ser nome de blog. A ideia era escrever um livro... Como talvez ele nem surja, não quis desperdiçar seu batismo, afinal. É provável que eu seja somente um "escritor de títulos", e já ficaria muito satisfeito se houvesse emprego para tal pessoa. O fato é que, na aparente contradição do nome está a pujança do pensamento que lhe deu causa. Poderá um espantalho utilizar um guante? É o que pretendo demonstrar aqui (com a frequência possível) para que se perca o preconceito e para que as ideias, os pensamentos e as máximas, alheias ou minhas, bailem à vontade forçando a reflexão, esta útil. De que valerá um conceito - físico, metafísico, filosófico, religioso ou psicológico - se não houver reflexão? Melhor seria acompanhar o frenesi das formigas em plantação nova e tenra.
Para não estragar esta apresentação - introdução e por mais tola pareça a imagem que tomo à memória, penso que espantalhos sempre remetem a plantações (e, não sei por que para mim, são sempre milharais ou trigais). Pois bem, moro em apartamento, com todos os seus bons e maus caracteres, e para fugir um pouco à clausura da vida moderna e metropolitana, tenho uma pequena jardineira, meu pequeno ecossistema, em que faço "experiências", ou melhor, adiciono alguns agentes e os deixo desdobrarem-se e mostrarem sua potencialidade. Há pouco mais de um mês, minha esposa e eu jogamos lá alguns grãos de milho de pipoca que estavam "habitados" por entidades ainda desconhecidas. Sempre ouvi que os grãos de milho de pipoca recebem tratamento tal que não germinam... De fato, em minhas poucas experiências infantis, não vi nascer um talo sequer. Para este espantalho foi maravilhosa a surpresa (eu não acompanho, sinceramente, os avanços na produção de milho de pipoca) do nascimento de pequenos pés de milho, na verdade, pequenos bonsais - ? - com algumas flores. Sei que não passarão disto, mas a alegria de vê-los trouxe-me, mais uma vez, o espanto de admirar as forças naturais e, assim, a vida.
Não há efeito sem causa e, ainda que assumamos erroneamente que a causa é o milimétrico / centimétrico milharal, eis toma corpo o mesmo espantalho adormecido a defender os pés de milho das agruras humanas.

Um comentário:

Marília Lima disse...

Sou suspeitíssima para fazer qualquer comentário(conheço muito de perto o espantalho), mas sei que é indubitável a qualidade do texto assim como a sensibilidade que dele emana.
Ah, os pézinhos de milho são realmente uma graça!
Beijo!