A um demônio.
Vinde, infeliz, a olhar os campos santos
Em que estorcego agora de loucura.
Ride e cantai ao pé da sepultura
Das dores e dos ossos – e são tantos!
Dançai com frenesi e sem usura
A sanha que vos trouxe e a outros tantos
- Tormento dos propósitos mais santos
Com que fingi ornar-me a catadura!
Vinde e vinde, com fúria e sem descanso!
Perpetuai o ódio que engalana
Minh’alma inconsolável e perdida!
Se atravessei as vagas sem remanso,
Trazei um fim para a miséria humana:
Interrompei, de um corte, a minha vida!