Olhos baços, embora antes profundos,
Catadura infeliz de misantropo,
Boca mordaz a devorar os mundos,
Na cadência do "allegro ma non troppo".
Cínico, sarcástico e “filantropo”,
(Sustando pensamentos tão rotundos,
O que é comum para o normal “antropo”)
Sigo cantando a glória dos imundos!
Sem ser puro, tampouco puritano,
Olho ao redor a doce pudicícia
Que acalma o coração atormentado...
Ainda acho que o homem, ano após ano,
“Confunde” sua pureza co’a espurcícia
Que finge não haver, oh recalcado!
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